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  • Brasileiras Presas Por Engano Na Alemanha Relatam Infecção Por Usar Roupas Coletivas


  • Katyna Baía e Jeanne Paollini realizaram uma consulta médica para avaliar a situação. Elas ficaram detidas 38 dias usando roupas mal higienizadas e reutilizadas.

Katyna Baía e Jeanne Paollini, naturais de Goiás, foram detidas na Alemanha sob acusação de tráfico internacional de drogas depois que suas bagagens foram trocadas por malas contendo entorpecentes.

Após serem liberadas e voltarem ao Brasil, elas relataram ter contraído uma infecção bacteriana na pele devido ao compartilhamento de roupas, incluindo calcinhas, com outras detentas no presídio onde ficaram detidas por 38 dias.

Katyna Baía e Jeanne Paollini são casadas há 12 anos — Imagem: reprodução

“Voltamos com uma infecção bacteriana na pele que [...] se deu em função do uso coletivo de roupas e calcinhas. (SIM, ERA TUDO DE USO COLETIVO). Mais um problema daquela prisão arbitrária e injusta. Mas vamos superar”, escreveu a personal trainer Kátyna em uma postagem em seu perfil de rede social.

Kátyna também compartilhou um desenho que fez enquanto estava presa, retratando a vista que tinha da janela de sua cela. Na ilustração, é possível ver blocos de edifícios e um jardim. Onze guardas aparecem na imagem, fumando e conversando enquanto seguram armas, além de uma torre de vigilância e uma igreja com uma cruz em destaque.

Desenho de Kátyna — Imagem: Reprodução

Presas Injustamente

A Kátyna e Jeanne foram presas injustamente e contaram que chegaram a ser maltratadas por parte da polícia alemã.

“Nós fomos presas de forma muito injusta, mal recebidas, maltratadas pela polícia alemã, injustiçadas, pagando já por 38 dias por um crime que não nos pertence. Se fôssemos cumprir o que a legislação de lá ordenava, iríamos ficar em média 15 anos, perdendo 15 anos da nossa vida e talvez não veríamos os nossos pais mais, os nossos amigos, a nossa pátria amada”, desabafou.

A veterinária Jeanne enfatizou a importância de os órgãos de segurança brasileiros agirem rapidamente para obter provas que comprovem a inocência do casal.

“Nós gostaríamos de fazer um agradecimento aqui a todos os envolvidos, que trabalharam juntos para mandar todas as provas pra polícia alemã, ao governo alemão. Nós sabemos que o envio desses vídeos foi fundamental para a nossa liberdade. Sem eles, provavelmente, nós iríamos pagar por um crime que nós não cometemos”, afirmou.


Chegada Ao Brasil

As brasileiras retornaram a Goiânia em 14 de abril, e desde então estão reunidas com a família na capital. Quando questionada sobre como foi o voo, a irmã de Kátyna, Lorena Baía, desabafou.

"O voo foi tranquilo! Choramos por diversas vezes, mas foi um choro de alegria, alívio e gratidão!", falou.